Paródia da “Canção do Exílio” - CPI do Cachoeira


Minha terra tem cachoeiras
Onde Carlinhos manda, sabiá não canta
As aves aqui não gorjeiam, mas fazem tchu e fazem tchá

Neste céu de subestrelas
Nós aqui, de espectadores
E a política, tão bem quista
Que a CPI já é esquecida
O povo quer saber é de Libertadores.

Em sonhar sozinho a noite, mais prazer encontro aonde?
Minha terra tem palmeiras
Tem Corinthians, tem a Copa
Onde engana e se forja

Minha terra tem primores
Que ainda encontro eu lá
Em cismar sozinho  a noite-
Mais se faz em questionar;
Porque minha terra tem cachoeiras
Onde não se deve nadar.


Não permita Deus que eu morra, sem que meu filhos saibam reivindicar.
Sem que desfrutem dos fatores que lhe farão respirar
Que conheçam a terra, a floresta e o mar.
Que aprendam a lutar ao invés de “twittar
Que ainda existam homens que saibam pensar e amar.






 Maria Carolina F. Dutra

Jornalismo x

  Apesar de muitos acreditarem que o papel do jornalista se limita a relatar e noticiar os acontecimentos, ou até mesmo os absurdos políticos que tem ocorrido, de forma imparcial e sem expor um questionamento; eu acredito que é quase impossível ser extremamente neutro, acho que se deve pensar muito antes de dizer algo, para não jogar palavras ao léu e acabar sendo leviano no que se diz; porém sinto necessidade de um jornalismo mais crítico e questionador, gosto do jornalismo ideológico, aliás pretendo trabalhar desta forma, se é que exista algum jornalista que não tenha sua ideologia.
 Escolhi o jornalismo como profissão, porque quero e sei que de uma maneira ou de outra irei ajudar o mundo, sei que parece muito clichê isso, mas considero de extrema importância divulgar as verdades que este sistema insiste em deixar debaixo do tapete, denunciar as barbáries e falhas políticas a nível internacional. Definitivamente precisamos de um jornalismo mais crítico e criterioso no Brasil, principalmente quando referem-se a fatos ou “achismos” que podem criar estigmas se não forem bem avaliados quanto a sua veracidade. 
 Fascina-me o jornalismo investigativo, acho muito honroso um jornalista, qual seja seu setor, ir atrás da verdade, no entanto, não utilizarei a tal frase: “custe o que custar “, porque não concordo, dá margem a outras interpretações; pois já vi alguns casos de jornalistas que se corromperam por “furos” jornalísticos, e não trouxeram a verdade de fato ao interesse público, e o fizeram sem qualidade, também confundido o investigativo com o sensacionalismo. 
 Sei que a mídia exerce um papel de muita importância atualmente, por isso sinto a necessidade de colocarmos a frente de nossa sociedade fatos relevantes e que dificilmente chegam a nós; então que a usemos com discernimento. 
 Aqui está uma inteligente frase dita por um importante e conhecido dramaturgo e jornalista Tcheco, que resume o meu pensamento: 
 “Eu ainda acredito que, se seu objetivo é mudar o mundo, o jornalismo é uma arma mais imediata de curto prazo”. – Tom Stoppard. 
  Por isso considero essencial, se não crucial que o jornalismo continue sendo uma profissão da qual se tenha um diploma, assim, acho que nos será dado o devido valor, já que a comunicação social em geral é um direito conquistado. E como dito antes temos de fazê-la de maneira prudente, pois como dizem, somos formadores de opinião. 

 Maria Carolina F. Dutra