Apesar de muitos acreditarem que o papel do jornalista se limita a relatar e noticiar os acontecimentos, ou até mesmo os absurdos políticos que tem ocorrido, de forma imparcial e sem expor um questionamento; eu acredito que é quase impossível ser extremamente neutro, acho que se deve pensar muito antes de dizer algo, para não jogar palavras ao léu e acabar sendo leviano no que se diz; porém sinto necessidade de um jornalismo mais crítico e questionador, gosto do jornalismo ideológico, aliás pretendo trabalhar desta forma, se é que exista algum jornalista que não tenha sua ideologia.
Escolhi o jornalismo como profissão, porque quero e sei que de uma maneira ou de outra irei ajudar o mundo, sei que parece muito clichê isso, mas considero de extrema importância divulgar as verdades que este sistema insiste em deixar debaixo do tapete, denunciar as barbáries e falhas políticas a nível internacional. Definitivamente precisamos de um jornalismo mais crítico e criterioso no Brasil, principalmente quando referem-se a fatos ou “achismos” que podem criar estigmas se não forem bem avaliados quanto a sua veracidade.
Fascina-me o jornalismo investigativo, acho muito honroso um jornalista, qual seja seu setor, ir atrás da verdade, no entanto, não utilizarei a tal frase: “custe o que custar “, porque não concordo, dá margem a outras interpretações; pois já vi alguns casos de jornalistas que se corromperam por “furos” jornalísticos, e não trouxeram a verdade de fato ao interesse público, e o fizeram sem qualidade, também confundido o investigativo com o sensacionalismo.
Sei que a mídia exerce um papel de muita importância atualmente, por isso sinto a necessidade de colocarmos a frente de nossa sociedade fatos relevantes e que dificilmente chegam a nós; então que a usemos com discernimento.
Aqui está uma inteligente frase dita por um importante e conhecido dramaturgo e jornalista Tcheco, que resume o meu pensamento:
“Eu ainda acredito que, se seu objetivo é mudar o mundo, o jornalismo é uma arma mais imediata de curto prazo”. – Tom Stoppard.
Por isso considero essencial, se não crucial que o jornalismo continue sendo uma profissão da qual se tenha um diploma, assim, acho que nos será dado o devido valor, já que a comunicação social em geral é um direito conquistado. E como dito antes temos de fazê-la de maneira prudente, pois como dizem, somos formadores de opinião.
Maria Carolina F. Dutra