Me gustas tu

A princípio, regurgitava todo aquele amor, que me recusava a sentir. Mas ainda sim, me encantei, mergulhei, imergi. E então, fiquei a te observar á quase um minuto. Um minuto intenso ... Assim, olhei, olhei e sorri. Logo em um dia, que só fiz chorar incessantemente. E você, alguém que pouco conhecia me fez cansar de prantos. E feito criança, abri a boca, mostrei os dentes, e agora mais leve me pus a te admirar, naquela bela noite de setembro.

Oh menino, tu assim tão rápido me conquistou! Deixemos todos os problemas de lado, vamos nos por a amar ao som de Mano Chao, discutir Marx, enquanto esperamos o pôr do sol?

Pois é, e desde então, propus a mim mesma, a deixar-me levar, a ouvir, a sentir novamente. Essas poucas linhas de um amor tão clichê me causou uma tal transcendência, que tão pouco me importava se ele iria se materializar.

De repente, de maneira bastante tímida nos enamoramos, descompromissadamente, sem pretensões futuras. Mas cá estava eu, fadada à paixão avassaladora e fatídica que já sentia por ti. Tola, mal sabia que toda aquela ventania interna, não passara de uma brisa passageira.

Mas, como era de se esperar, minha timidez incontrolável nessas horas, limitou nosso enamorar à conversas regadas a muita política e poesia, à olhares tímidos e esbarrões em meio as suas promessas não cumpridas, que ficaram congeladas num bate papo, numa sexta de madrugada, em alguma outra dimensão, que já não existe mais. Palavras se esvaíram, sentimentos que não fazem mais sentido, como se tivéssemos nos dado ao desfrute de nada ...



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