Gastronomia orgânica cresce e ganha adeptos

Acontece no Parque da Água Branca a quarta edição do Festival de Gastronomia Orgânica de São Paulo : Sustentabilidade e Vegetarianismo


Aconteceu do dia 17 ao dia 20 de outubro, o IV festival de gastronomia orgânica de São Paulo: Sustentabilidade e Vegetarianismo, que é  é realizado em parceria com a Associação de Agricultura Orgânica (AAO) e também com a Secretaria de Educação, já que o evento também realizará oficinas para crianças da rede pública de ensino. Trata-se de um projeto idealizado pela Chef de Cozinha Leila D. Barsoles, que trabalha com uma gastronomia sustentável, mostrando assim o quão rica e saborosa pode ser a gastronomia brasileira dentro do aspecto orgânico. A entrada é franca, só é necessário fazer a inscrição no local. A programação conta com feirinhas para degustação e vendas de produtos orgânicos, oficinas de culinária vegan para crianças e adultos à palestras sobre esses alimentos e projetos de cunho sustentável, como o Biofort e Itaipu.


A realização deste festival, desde seu surgimento tem a proposta de evidenciar e esclarecer o que é a gastronomia orgânica, que nada mais é do que “um produto certificado e proveniente de sistemas orgânicos, com produção que otimiza os recursos naturais e socioeconômicos, respeitando o meio ambiente e as pessoas que ali trabalham, sendo cultivado sem agrotóxicos e produtos químicos”, assim afirma a Cia. Orgânica, empresa que trabalha com a produção de alimentos orgânicos, como principal produto, o café, e que inclusive participa desse festival gastronômico, com amostras e degustação.



 “O intuito deste festival é de fomentar a agricultura orgânica com qualidade de vida aqui em São Paulo, desde a agricultura até a mesa do consumidor. Na realidade é trazer informações, porque as pessoas não têm informação, e melhorar a saúde mesmo, os hábitos alimentares. Nós, inclusive temos uma feirinha que será gastronômica vegana. Então acho que mais do que um festival, é comida, sabor, saúde, meio ambiente, etc. Acredito que está tudo interligado. É importante que as pessoas consigam enxergar a gastronomia de forma mais abrangente”. Afirma a Chef de cozinha, Leila.

Amanda Costa (19), visitante do festival, achou muito interessante a temática, e diz ter ficado surpresa com a culinária vegetariana. “Eu, particularmente, não sou vegetariana. Mas fiquei sabendo desse evento gastronômico de última hora e me deixou curiosa. Degustei alguns pratos e confesso que me apaixonei por esse tipo de culinária. Sempre tive um certo preconceito por gastronomia orgânica e vegetariana, mas a comida é muito deliciosa”, confirma Amanda.

Raquel Blaque, cozinheira e idealizadora do Projeto Creative Commes, diz a dificuldade que enfrentou para achar alimentos orgânicos em São Paulo. “Nos inscrevemos, mas não conseguimos ir, por dificuldades de comprar os ingredientes, foi muito difícil, daí desistimos. Podemos então, falar de dificuldades de se obter orgânicos na cidade.”

Para fechar o evento, domingo (20), aconteceu o seminário promovido pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SBV), com palestras e debates sobre o que é o veganismo, que foram pontuados desde os impactos ambientais que o consumo de carne causa á exposição da campanha Segunda sem Carne e Merenda Vegetariana, ministrados por diversos profissionais da área, entre eles, Guilherme Carvalho e Mônica Buava Caliman.

Câncer Colorretal está entre cinco tipos câncer que mais acometem a sociedade

Se diagnosticado previamente, câncer tem probabilidade grande de cura. A prevenção é rápida e deve ser feita anualmente ou conforme conduta médica. Realizando apenas um TSOF (Teste de Sangue Ocultos nas fezes) anual, onde só será realizado exame complementar se necessário.
 


           
 
É inegável dizer que o câncer tem sido uma constante na vida das pessoas, em que o número de mortes decorrente desta doença tem sido cada vez maior. Segundo informações oriundas da OMS (Organização Mundial da Saúde) coletadas nos sites da própria organização e no “Mundo Estranho”, o câncer de intestino está entre os cinco tipos de doenças oncológicas que mais acometem a sociedade.

            A origem deste tumor, que acontece na região do colo do intestino, se dá na maioria das vezes, através da má alimentação, por isso é recomendado ingerir alimentos integrais e fibrosos que também ajudam a regular o funcionamento do intestino, prevenindo assim, a formação de pólipos, que podemos chamar de um “pré câncer”, que são pequenas bolinhas que ficam na parede intestinal que podem ser retiradas durante o exame de colonoscopia. 

            Porém também é considerado o fator hereditário, ou seja, existe a probabilidade geneticamente familiar, com relação direta a pais e avós. A faixa etária de risco para adquirir esta doença é por volta dos 50 aos 75 anos de idade. Então deve se atentar aos exames de rotina e manter um estilo de vida e alimentação saudáveis.

            A Dr. Angelita Gama, uma cirurgiã bastante conceituada e pesquisadora sobre esta doença, fundou a Associação Brasileira de Prevenção do Câncer de Intestino (Abrapreci), um projeto pioneiro na área de câncer colorretal. Em entrevista no site da “CREMESP”, ela alerta para a conscientização da prevenção, e afirma que o aumento da doença é de cunho global. Em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Ministério da Saúde, ela colabora junto à sua equipe, com o projeto de Sustentabilidade Social para a prevenção e rastreamento do câncer, na Mooca, zona leste, onde os pacientes são atendidos pelo SUS.

 

O que é a Laicidade?

 
A Laicidade é a forma institucional que toma nas sociedades democráticas a relação política entre o cidadão e o Estado, e entre os próprios cidadãos. No início, onde esse princípio foi aplicado, a Laicidade permitiu instaurar a separação da sociedade civil e das religiões, não exercendo o Estado qualquer poder religioso e as igrejas qualquer poder político.

Para garantir simultâneamente a liberdade de todos e a liberdade de cada um, a Laicidade distingue e separa o domínio público, onde se exerce a cidadania, e o domínio privado, onde se exercem as liberdades individuais (de pensamento, de consciência, de convicção) e onde coexistem as diferenças (biológicas, sociais, culturais). Pertencendo a todos, o espaço público é indivísivel: nenhum cidadão ou grupo de cidadãos deve impôr as suas convicções aos outros. Simétricamente, o Estado laico proíbe-se de intervir nas formas de organização colectivas (partidos, igrejas, associações etc.) às quais qualquer cidadão pode aderir e que relevam do direito privado.

A Laicidade garante a todo o indivíduo o direito de adoptar uma convicção, de mudar de convicção, e de não adoptar nenhuma.

A Laicidade do Estado não é portanto uma convicção entre outras, mas a condição primeira da coexistência entre todas as convicções no espaço público.

Todavia, nenhuma liberdade sendo absoluta e todo o direito supondo deveres, os cidadãos permanecem submetidos às leis que se deram a si próprios.

  1. A Laicidade é anti-religiosa?

De modo algum. Pode ser-se crente e laico, como se pode ser socialista ou liberal e democrata. A Laicidade não é irreligião: ela oferece mesmo a melhor protecção às confissões minoritárias, pois nenhum grupo social pode ser discriminado.

A existência ou a inexistência de um deus são duas hipóteses igualmente inverificáveis do ponto de vista da razão, e igualmente inúteis para a gestão do interesse público. Indiferente e incompetente em matéria de doutrinas e crenças, o Estado laico só se ocupa do que releva do interesse público.

  1. A Laicidade é anticlerical?

Por princípio, a Laicidade garante a liberdade de crença e de culto dentro dos limites das leis comuns e da ordem pública. Entretanto, a Laicidade opõe-se ao clericalismo logo que este preconiza discriminações ou tenta apropriar-se da totalidade ou de uma parte do espaço público.

A Laicidade opõe-se também ao sistema de «igrejas reconhecidas» em vigor na maior parte dos cantões suíços, e que confere às confissões maioritárias privilégios escolares e fiscais discriminatórios.

  1. A Laicidade opõe-se à liberdade de expressão?

Antes pelo contrário: a liberdade de expressão não é apenas uma condição necessária da Laicidade, é a sua origem. Os inventores da separação das igrejas e do Estado contestaram as religiões de Estado, muitas vezes protestantes, e foram perseguidos pelas suas ideias…

O que ameaça a liberdade de expressão é portanto o direito que se arrogam certos grupos de censurar toda a opinião diferente a coberto de uma dignidade ferida.

A liberdade de expressão não deve conhecer outros limites além dos de ordem pública e de atentado aos bons costumes. Só devem ser proscritos e perseguidos em justiça os insultos, as ameaças e as difamações contra indivíduos ou pessoas morais.

  1. O que é a Laicidade «plural» ou «aberta»?

Um slogan vazio de sentido e um absurdo conceptual. Confundindo pluralismo e pluralidade, pretendem-se conceder direitos específicos a cada grupo que reclama uma identidade específica.

A expressão «lacidade plural» visa diabolizar a Laicidade apresentando-a como dogmática. São os integristas e os relativistas quem utiliza esse termo. Ora são eles quem representa um risco real para a diversidade de ideias e de pertenças: os primeiros porque estão certos de possuir uma verdade incontestável, e querem impô-la pela opressão; os segundos porque acham todas as opiniões contestáveis, e portanto permutáveis. Ora, toda a sociedade necessita de um mínimo de princípios prioritários.

Racionalmente, não seria possível defender simultaneamente um espaço público comum e conferir isenções de direitos a este ou aquele grupo de cidadãos. Nem discriminações, nem privilégios, esse é o lema de qualquer Estado garantindo a todos os cidadãos a igualdade de tratamento.

  1. E a tolerância?

A tolerância pressupõe sempre que alguém tolera e que alguém é tolerado: em geral, uma maioria tolera as minorias. A Laicidade faz melhor: as leis que o povo se confere democraticamente são válidas para todos os cidadãos. Sendo a cidadania cega às diferenças, uma minoria não pode ser tratada diferentemente da maioria.

  1. A Laicidade opõe-se ao multiculturalismo?

Não quando ele é de facto, mas sim quando é de Direito. A Laicidade defende a multiplicidade das culturas contra as tentativas de uniformização do neoliberalismo, por exemplo. Enquanto facto, o multiculturalismo parece-nos uma oportunidade.

Pelo contrário, a teoria multiculturalista leva à destruição das sociedades democráticas, porque, partindo do direito à diferença, que se aceita, visa defender diferenças de direitos incompatíveis com a igualdade, e que levam ao comunitarismo, quer dizer, à pretensão de certos grupos de escapar às leis comuns.

O multiculturalismo é justamente a consequência de um fracasso na definição de um espaço comum que ultrapasse as diferenças.

A vontade dos multiculturalistas de procurar a igualdade é legítima, mas os meios que se propõem são contraproducentes: a discriminação positiva, que tende a restabelecer a igualdade compensando as desigualdades culturais, leva a efeitos perversos que reforçam a exclusão em vez de a atenuar. O racismo das minorias contra a maioria ou contra as outras minorias leva à guerra de guetos.

Toda a discriminação é por definição negativa


Fonte: laicidade.org/documentacao/textos-criticos-tematicos-e-de-reflexao/aspl/

Afrô

 
Seja como for, seja como flor
em seca que for, cultive o amor que ele ou ela virá
Beijará afro...dite dirá, se precisar afrô afrontará
Mas quem vier pra sentir, sem tirar, sentirá.
Se te plantaram, tu és planta, então seja como flor
A tua semente foi plantada em terra preta por mãos sofridas
E não no algodão artificial do cientista
Eu falo em nome das rosas despedaçadas pelos cravos, cravinhos, cravocratas

Simbolize a paz, a morte em maços de florais                                            
Mas principalmente os desejos sexuais
Você tem preço só pro vendedor de flor
Pros amantes tu tens valor

Seja como for negô
Seja como for negá
Mas não vai negar a sua raiz

Entendeu agora por que não da pra ser florzinha
Que ao ver o guardinha gela?
Tem que ser forte que nem a planta favela

Reagir, resistir
Proteger a sua floribela na primavera

A reprodução
E quando mudar a estação
Não fique parado na anterior
Seja como flor
Floração

O mundo não pára girassol
Cai a chuva e vem o sol
Não se preocupe se isso vier a desbotar a sua cor
Porque a sua essência é vermelha
E será sempre afrô

Emerson Alcalde







 

Joaquim Barbosa propõe demissão de servidora do Tribunal Judiciário do DF

             A funcionária é Adriana Leineker, esposa de jornalista do Estadão, que faz cobertura do STF
  
                                                                                                                   
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, pede demissão de servidora, por ser mulher de jornalista, na última quarta feira (02), alegando ser uma situação “antiética”. A esposa do jornalista trabalha no gabinete de Lewandówski desde o ano 2000 e tem conduta ilibada, não apresentando nenhum episódio de má gestão.

O jornalista não citado no ofício de Barbosa é Felipe Recondo, que atua no jornal “O Estado de S.Paulo” desde 2007, fazendo cobertura do Poder Judiciário, trabalhando inclusive no processo do Mensalão. Recondo venceu o prêmio Esso de jornalismo de 2012, devido também uma das suas reportagens ‘Farra Salarial no Judiciário’.

O atrito entre ministro e jornalista se deu em março deste ano, justamente pela sua reportagem com parceria de Fausto Macedo, em que o Estado fez solicitação de cunho legal, para apuração de fontes e desenvolvimento da matéria. Isso levou Barbosa a chamar o jornalista de “Palhaço”, o mandando “chafurdar no lixo”. Após essa situação, presidente do STF pede desculpas ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atribuindo a agressão ao seu cansaço.

Segundo Cinthia Araújo, estudante do 4º ano de direito da Universidade São Judas Tadeu, a atitude do Presidente do STF é incoerente. “Esse tipo de atitude fere a liberdade individual da servidora, enquanto cidadã, acho que isso é uma discriminação, pois  a vida pessoal não se relaciona com a profissional”.


Ricardo Lewandówski se recusa à demitir sua servidora, afirmando que ofício de Barbosa é insensato, pois não há motivo concreto para tal atitude, alegando que não houve nenhum episódio desta relação conjugal que afetasse seu trabalho.

A periferia grita!



A periferia grita

Entre becos e esquinas
A favela rima, cria e recria
Na tal cidade cosmopolita
E o povo à gritar
Recitar, cantar, à acreditar ...

Na escrita, na fala, no grafite
A arte da rua denuncia a falcatrua
A podridão nua e crua
almejando a cura

Sobreviver está no sangue
No morro, eu morro
Nos compelem
A gente expele e repele

Tá no sangue, na cor da pele
Negritude, atitude, juventude
Negação, NegrAÇÃO, deNEGRIr?
Querem excluir nos ferir, inquerir

Querem nos furtar a cor, a raça
Inquisição da desgraça
Essa polícia que nos mata

São vários manos, vários desenganos
A favela é forte, mas tem passaporte pra morte
Então não cale, não fuja, grite se tiver sorte!

Carta em apoio à Marcha das Vadias-RJ


Por meio desta carta manifestamos nosso apoio à Marcha das Vadias do RJ, denunciando as violentas retaliações que culminam em ameaças de morte, que as militantes Rogéria Peixinho, Danielle Miranda e Nataraj Trinta têm sofrido. Colocamos aqui também, nosso repúdio às grandes mídias, principalmente às televisivas, que não se dão ao trabalho de noticiar violências como esta. Mas que em contrapartida, veiculam massivamente “notícias” relacionadas a JMJ e ao Papa, de forma tendenciosa e que vai contra aos princípios de neutralidade jornalística, em que simultaneamente demonizam o movimento feminista, como o fato que ocorreu no dia 27 de julho.

Sabemos, também, que as performances com objetos religiosos, não foram organizadas pela Marcha das Vadias – RJ, já que o protesto é um ato de cunho libertário, e logo aberto a quem se identifique à causa, ou seja, usaram desta ação independente para deslegitimar a marcha, que em sua ideologia, não prega de forma alguma a intolerância religiosa, inclusive, sabemos que a Marcha tem apoio das Católicas pelo Direito de Decidir, “organização não governamental feminista. Busca a justiça social, o diálogo inter-religioso e a mudança dos padrões culturais e religiosos que cerceiam a autonomia e a liberdade das mulheres, especialmente no exercício da sexualidade e da reprodução.”

Enquanto Promotoras Legais Populares, ratificamos nosso compromisso com a liberdade de expressão artística, religiosa, de consciência, de pensamento, de crítica, de vestimenta, e todas as liberdades civis individuais e coletivas garantidas pela Constituição Cidadã de 1988, e é por isso, a luta do movimento feminista, em prol de uma igualdade efetiva de direitos entre homens e mulheres, porque um movimento como a Marcha das Vadias é de extrema importância para a desconstrução de uma ideologia patriarcal e sexista. Tal ação de extrema intolerância, velada pela grande imprensa, nada mais é, do que o resultado de uma sociedade misógina e machista, e é por isso que  marchamos e marcharemos!

 

 

Promotoras Legais Populares de São Paulo

 

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Sobre a Marcha das Vadias/Rj e pressão religiosa

Não acho que um símbolo católico, que só tem significado para tal religião ser quebrado por pessoas que não creem naquilo seja desrespeito ou intolerância, a marcha estava acontecendo em um local público, a rua, e esses símbolos ao menos estavam dentro de um centro religioso. Porque se for pra deslegitimar o protesto e a marcha, vamos também deslegitimar por exemplo, a religião evangélica que tem ...ido ás ruas atualmente, com marchas intituladas "A favor da família", com pautas ao meu ver, intolerantes (quem quiser pode pesquisar pra confirmar que não estou errada), que na boa não levam em conta nenhum direito humano, que renegam qualquer pessoa esteja fora dos padrões institucionais evangélicos, que em pura arrogância querem por que querem tornar a homossexualidade doença.

Intolerância religiosa só se dá quando sua "FÉ" impõe valores religiosos, que agora viraram SENSO COMUM, e afeta negativamente a vida de outras pessoas, por exemplo, quando de instaura a homofobia, usando argumentos do tipo: " homossexualidade é do diabo, não vão pro céu", ou até mesmo quando limita a liberdade da mulher ao seu corpo, quando se condena de forma tão voraz o aborto de um feto de 12ª semana de gestação, que não tem nem atividade cerebral,
devido a um sistema ainda muito primitivo para tal função. Quando se profere um absurdo desses dentro de uma instituição religiosa, já é foda p/ caralho, porque já cria uma puta de uma segregação, excluindo aqueles que poderiam e gostariam de frequentar a igreja e religião da forma que melhor se sentir. Agora estender esses valores à um Estado "laico", já é patifaria das brabas!

E outra, preciso dizer para aqueles que acreditam veemente que com esta Marcha tão "desrespeitosa" o Movimento se enfraquecerá e sofrerá repúdio da mídia em geral. Caros, não sejamos ingênuos, desde quando a mídia foi a favor do feminismo e das reivindicações que temos? Ainda mais uma Globo da vida, que me pareceu ter fechado um contrato com o santíssimo Papa.

Eu participo da Marchas das Vadias de Sp, e nunca vi uma notinha se quer sobre o ato, mas é claro que esses jornais 'laicos', 'neutros' e blabla wikasashê não poderiam de forma alguma deixar de noticiar em primeira mão algo como este, afinal estava acontecendo a JMJ e nada poderia atrapalhar um evento tão lindo, cerimonioso e cristão como esse não é?

Intolerância religiosa é difamar outras religiões, principalmente as de vertentes africanas em programas televisivos, criando estereótipos preconceituosos, quando usa-se a palavra MACUMBA, de forma totalmente errônea e satirizada, em prol do "HUMOR". Já coloco aqui o nome de uns dos N programas que ridicularizam estas religiões, como por exemplo o Zorra Total, que de fato é uma zorra, que põe o pobre, o negro, o gay algumas religiões, desde a criação de seu programa, pra lá da linha da marginalização, exclusão e etc ...

Então eu digo: Abaixo a repressão religiosa e nos deixei livres para que possamos protestar. O respeito deve imperar em todas as partes!

Feminismo para quê?

  Então para quer serve o feminismo mesmo? Ao contrário do que acham os machistas, o movimento não é uma guerra declarada aos homens, mas sim um nítido grito por igualdade, que se estende em forma de luta, protesto e muitas protagonistas fazendo política. Me perdoem aqueles e aquelas que sabem o que é ser feminista, mas é que ouço tantas definições torpes e preconceituosas por aí que achei super, mega necessário pô-la aqui.

  Ser feminista antes de tudo é resgatar e lutar para garantir nossos direitos, que têm sido negados e rechaçados a anos, foi por este movimento que existe desde que o mundo é mundo, que conquistamos vários direitos até então, mesmo com a dificuldade e todo machismo institucional existente.

  Logo, o movimento é extremamente legítimo e louvável, embora AINDA seja bem difícil ser feminista nos dias de hoje, me parece que, quando nos intitulamos feministas, já recai olhares às vezes raivosos ou debochados, como se fosse patético mulheres fazerem parte de um movimento que requer fazer política. E esses olhares vêm até mesmo do próprio partido da qual uma militante partidária é filiada e/ou parlamentar, mas o machismo está impregnado em diversos aspectos de nossa sociedade patriarcal. Do assédio que muitos alegam ser ‘elogios’, quando, por exemplo, nos chamam de gostosas nos coisificando a uma simples carne e por sina da barata; até mesmo à  privação de liberdade ao nosso corpo, inferiorização do trabalho da mulher, projetando em nós padrões físicos, morais e/ou intelectuais, nos privando até mesmo de nossa sexualidade, o que nos faz ouvir com muita frequência frases decadentes do  tipo: “ Se não for assim, não é mulher que preste!”, e por fim ao nosso GENOCÍDIO, que em sua grande maioria começa em casa, pelos ditos maridos; daí se dá a violência doméstica, que é crime. - planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm – Lei Maria da Penha.

  Ouço por algumas pessoas também o seguinte clichê: “Todo homem é machista, nossa sociedade é machista, nasceu com pênis já era, é inevitável não ser, fomos criados assim, um homem que diz não ser machista é hipócrita.” Ai senhor, meu ouvidos doem, mas beleza, vamos esclarecer as coisas. Primeiro, que você, pessoa que diz uma coisa dessas, de certo é leviano para dizer algo assim, vivermos numa sociedade patriarcal não é justificativa para o seu machismo querido(a).Segundo que estudar é bom, para desconstruir essa estrutura que afeta o mundo todo, sabe quando dizem, “a educação é a base de tudo”? Pois é, a afirmação é verdadeira; participe de debates, leia livros sobre a questão, analise; não saia julgando tudo, se achando o dono do saber, aliás este é um grande problema dos preconceituosos em geral, são arrogantes demais para se perceberem. Então vos digo, o pior ignorante é aquele que se acomoda em sua ignorância intrínseca e a usa para proferir inverdades.

  Coloco em pauta também a criminalização do aborto, voltando ao ponto x, que nos põem novamente na figura de um ser procriador apenas. É óbvio que qualquer mulher em sã consciência não quer fazer o aborto, por N motivos, principalmente pela complicação e risco de fazê-lo. A questão não é aceitar, ser a favor ou contra o aborto, mas sim não criminalizá-lo, por em pauta a legalização do mesmo. Já que é de conhecimento de todos, e se não for, cá estou para informa-lhes, que um feto até a 12ª semana de gestação não tem atividade cerebral por ser portador de um sistema ainda extremamente primitivo para tal função.

Está aí um profissional idôneo e reconhecido, que pode ajudá-los a refletir sobre a legalização: “Não há princípios morais ou filosóficos que justifiquem o sofrimento e morte de tantas meninas e mães de famílias de baixa renda no Brasil. É fácil proibir o abortamento, enquanto esperamos o consenso de todos os brasileiros a respeito do instante em que a alma se instala num agrupamento de células embrionárias, quando quem está morrendo são as filhas dos outros. Os legisladores precisam abandonar a imobilidade e encarar o aborto como um problema grave de saúde pública, que exige solução urgente.”, Drauzio Varella.

  Ou seja, o que nos resta é nos empoderar de nossos direitos e fazer com que se concretizem, através de pressão, protestos e etc. Só fazendo muita política é que atingiremos nossos objetivos, que deveriam ser vistos como simplórios e HUMANOS, já que o corpo de cada mulher, pertence pura e simplesmente à ela.

 Espero ter colocado, mesmo que de forma resumida, o que considero ser feminista e como isso é para mim. Ser feminista é quebrar tabus e preconceitos, mas antes de tudo, é lutar pela equidade de direitos entre homens e mulheres. Entendeu agora o porque do movimento? Então para fechar a discussão: Sou feminista baby, e isso é intrínseco a mim, desde que nasci ;)


“Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância.” Simone de Beauvoir

Desmilitarização das Polícias do Brasil

"A Constituição Federal Brasileira de 1988, prestes a completar seu primeiro quarto de século, é obrigada a conviver com uma série de fracassos sobre diversos pontos de seu texto magno. Muitos dos direitos humanos por ela assegurados, a começar pelo direito à vida e à liberdade de ir e vir, continuam sendo cotidianamente violados. 

Dentre esses problemas, um dos principais entulhos do período Escravocrata e, mais recentemente, da Ditadura Civil-Militar, é a violência sistemática de agentes do estado contra a nossa própria população. A violência policial é hoje, certamente, um dos principais problemas a serem enfrentados pelo Brasil no que tange à defesa dos direitos humanos em nossa sociedade. A persistência da tortura nas abordagens cotidianas e nas delegacias policiais, como “técnica” de “investigação” por parte dessas instituições, mesmo pós-ditadura; o encarceramento massivo de pessoas (o Brasil atualmente ocupa a 4ª posição mundial, com mais de 520.000 pessoas em privação de liberdade); e, principalmente, as execuções extrajudiciais cometidas sistematicamente por agentes do estado, conformam um quadro preocupante em relação à
segurança pública e à garantia da cidadania básica para a grande maioria da população.

É dentre os vários aspectos desse problema que as execuções sumárias cometidas por grupos de policiais militares ou paramilitares de extermínio configuram, por certo, a dimensão mais brutal. Não foi outra a conclusão do mais recente Mapa da Violência (2012), coordenado pelo professor Júlio Jacobo Waiselfisz e divulgado no início do ano pelo Ministério da Justiça (http://mapadaviolencia.org.br/PDF/Mapa2012_Tra.pdf), o qual procurou investigar “os novos padrões da violência homicida no Brasil”: ao longo dos últimos 30 anos, mais de 1 Milhão de pessoas foram assassinadas no país. Neste período histórico ironicamente concomitante à redemocratização brasileira, houve um aumento de 127% no número de homicídios anuais no território nacional – dos quais a imensa maioria das vítimas é composta por jovens pobres e negros, conforme demonstram as diversas estatísticas correlacionadas no estudo. Verdadeiros números de guerra.

Um cenário que tem preocupado crescentemente a opinião pública e diversos órgãos especializados em Direitos Humanos não apenas brasileiros, mas também diversas entidades mundo afora. Tendo em vista tudo isso, recentemente, multiplicaram-se no noticiário internacional demonstrações contundentes de preocupação por parte desses órgãos em relação ao Brasil: o recém-lançado “Estudo Global sobre Homicídios – 2011” (http://www.unodc.org/unodc/en/data-and-analysis/statistics/crime/global-study-on-homicide-2011.html), realizado pelo Departamento de Drogas e Crimes da ONU (UNODC) confirma que, dentre as 207 nações pesquisadas, o país apresenta o maior número absoluto de homicídios anuais: 43.909, em 2009 – sendo que já passou de 47.000 em 2011; a Anistia Internacional voltou a denunciar, em seu relatório anual de 2012, a violência e “o abuso policial como um dos problemas mais crônicos do país” (http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/05/anistia-internacional-volta-denunciar-violencia-policial-no-pais.html); até o Departamento de Estado Norte-Americano, na sequência, afirmou que “a violência policial mancha os Direitos Humanos no Brasil” (http://m.estadao.com.br/noticias/nacional,abuso-policial-mancha-direitos-humanos-no-brasil-dizem-eua,877472.htm); e, ainda mais recentemente, o Conselho de Direitos Humanos da ONU recomendou explicitamente que o Brasil trate de “combater a atividade dos ‘esquadrões da morte’ e que trabalhe para suprimir a Polícia Militar, acusada de numerosas execuções extrajudiciais” (http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2012/05/30/paises-da-onu-recomendam-fim-da-policia-militar-no-brasil.htm).

Nas últimas semanas, por conta de nova onda de violência policial no estado de São Paulo, voltou-se a falar na opinião pública de algo que nós da Rede Nacional de Familiares e Amigos de Vítimas defendemos há algum tempo: a DESMILITARIZAÇÃO DAS POLÍCIAS BRASILEIRAS. Este foi um dos temas defendidos na Audiência Pública realizada no dia 26/07/2012, em São Paulo, convocada pelo Ministério Público Federal, a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, o Condepe-SP, as Mães de Maio, o MNDH e diversos outros movimentos do estado (http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20624). Foi também o quê defendeu o professor de filosofia da USP, Vladimir Safatle, em seu texto semanal como articulista no jornal Folha de S. Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vladimirsafatle/1124692-pela-extincao-da-pm.shtml).

Na madrugada do próprio dia 26 p/ 27/07/2012, uma chacina deixou 6 pessoas mortas na região do Jaçanã, Zona Norte de São Paulo, e diversas cápsulas de uso restrito da polícia foram encontradas nos locais das mortes (http://www.brasildefato.com.br/node/10192). Neste Sábado (28/07/2012), outra trágica notícia para todos nós: os policiais militares do BOPE fizeram mais uma vítima fatal no Rio de Janeiro: a menina Bruna Ribeiro da Silva, de apenas 10 anos, moradora do Morro da Quitanda, atingida por uma bala de fuzil na barriga, dentro de sua própria comunidade (http://oglobo.globo.com/rio/menina-vitima-de-bala-perdida-enterrada-sob-protestos-no-caju-5618236).

ESTE QUADRO DE TERROR COTIDIANO TEM QUE ACABAR!


PELA DESMILITARIZAÇÃO DAS POLÍCIAS EM TODO BRASIL! 

Neste Sábado (28/07/2012), os policiais militares do BOPE fizeram mais uma vítima fatal no Rio de Janeiro: a menina Bruna Ribeiro da Silva, de apenas 10 anos, moradora do Morro da Quitanda, atingida por uma bala de fuzil na barriga, dentro de sua própria comunidade (http://oglobo.globo.com/rio/menina-vitima-de-bala-perdida-enterrada-sob-protestos-no-caju-5618236). 

Na semana passada (dia 19/07/2012), a PM de São Paulo em meio a vários assassinatos já havia tirado a vida do jovem Bruno Vicente de Gouveia e Viana, de apenas 19 anos, que recebeu 25 tiros no carro em que estava com mais 5 amigos, na comunidade do Morro do São Bento, em Santos-SP (http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2012/07/pm-atira-mais-de-25-vezes-contra-carro-com-jovens-em-santos.html). 

O jovem Bruno e a menina Bruna se juntaram às CENTENAS DE MILHARES de vítimas fatais da violência policial militar no recente período "democrático" brasileiro.

Em homenagem à Bruna e ao Bruno, e a todas as outras vítimas fatais cotidianas das polícias militares em todo país, durante os últimos 30 anos de "democracia", nós das Mães de Maio de SP, junto à Rede de Comunidades e Movimentos Contra Violência do RJ, a Campanha Reaja ou Será Mort@ da BA, a Frente Anti-Prisional das Brigadas Populares de MG, a Associação de Mães, Familiares e Amigos de Vítimas da Violência do Estado no ES, a Rede Dois de Outubro - Pelo Fim dos Massacres, e toda a Rede Nacional de Familiares e Amigos de Vítimas da Violência do Estado temos pedido há alguns anos a DESMILITARIZAÇÃO DAS POLÍCIAS EM TODO O BRASIL.

Vamos tod@s reforças essa ideia! Todas as Brunas e Brunos que compõem a maioria de nossa população, pobre e negra moradora das periferias, merecem cada minuto de nossa luta por Justiça e Paz!

#BRUNA E BRUNO SEGUEM PRESENTES EM NOSSA LUTA!
#PELA DESMILITARIZAÇÃO DAS POLÍCIAS DO BRASIL!
#PAZ NAS PERIFERIAS DE TODO O PAÍS! "


Mães de Maio, Brasil

PETIÇÃO: avaaz.org/po/petition/Desmilitarizacao_das_Policias_do_Brasil




MESA DE DEBATE NO CCJ: MILITÂNCIA FEMINISTA NEGRA CONTEMPORÂNEA


A socióloga Flavia Rios e a antropóloga Jaqueline Lima Santos irão apresentar um panorama e analisar a movimentação feminista negra nos dias atuais. Flavia Rios é doutoranda em Sociologia e seu campo temático engloba os movimentos sociais, políticas públicas e as relações raciais e de gênero. Jaqueline Lima Santos é doutoranda em Antropologia Social pela UNICAMP, assessora do programa “Diversidade, Raça e Participação” da ONG Ação Educativa e ativista do movimento negro. Seus temas de interesse são: educação, relações étnico-raciais, raça, gênero e juventude.
Dia 27/07, sábado, 17h. Espaço Sarau.

Eduardo Mascarenhas, citado por Saffioti em O poder do macho, 1985.

"Desconfio que, se acaso existe alguma inclinação heterossexual de nascença, ela é tão fraca que pode perfeitamente se apagar, conforme as experiências de cada um. Tanto é assim que a sociedade constitui uma das maiores companhas publicitárias de que se tem notícia contra a homossexualidade. Se computássemos o quanto de esforço a humanidade vem despendendo para demonstrar que ser heterossexual é que é bom, enquanto ser homossexual não é, e transformássemos essa venda de imagem, no último milênio, em dólares, a quantia daria folgadamente para pagar dez vezes a dívida externa do Brasil e ainda sobraria dinheiro para fazermos desse país uma das maiores superpotências de que se tem notícia!

Ora, se a heterossexualidade fosse tão natural e determinada pelo instinto assim, alguém se daria ao trabalho de enaltecê-la tanto e de combater tanto o seu oposto?

A questão da moral é sempre a mesma: ela só se importa em enaltecer o que não é ponto pacífico e só trata de condenar o que representa algum grau de tentação. (...)

Logo, o próprio empenho da moral e do preconceito em louvar a heterossexualidade e execrar a homossexualidade demonstra que a natureza humana não é tão heterossexual assim. Diga-me o que você condena, que lhe direi o que você teme desejar..." 


Eduardo Mascarenhas, citado por Saffioti em O poder do macho, 1985.

Amor preto & branco

Perdi o apetite da pele negra, da química, da sua voz ecoante
Daquele antigo erotismo embriagado de paixão, canção, daquele amor delirante
Com tons quentes, odores e sabores supremos, extremos, festeiros
Seu colo, suas carícias, sua delicadeza ainda que animalesca ainda sim me causou transcendência
Das noites chuvosas, dignas de enredos pseudo românticos, e o tempo a nos acompanhar
Era meu pecado favorito, meu ópio, meu convite à mais um drinque
Eu sentia a nostalgia da imoralidade, já dizia Machado de Assis.


Mas o dia atormenta, fermenta e nos afugenta, ouvi dizer em fim programado
Quem sabe um belo sonho encantado, reinventado ou apenas encarnado num pesadelo fantasiado, Incrementado, refugiado, quiçá anestesiado com morfina, assim sem dores,  assim sem cicatrizes, sem horrores travestidos de flores.  Oh Meu amor, meu preto, ouça nosso soneto e morramos em nossos desejos secretos!


Projeto social oferece aulas de ginástica artística para a comunidade de Guaianases


CIGA existe há dois anos em Guaianases e atende alunos com a faixa etária dos 04 aos 23 anos

Alunos posam para foto em ensaio para futura competição



A ONG localizada no CEU Jambeiro chama-se CIGA (Centro de Iniciação de Ginástica Artística), é um projeto voluntário idealizado e fundado há dois anos, desde 2011, pelo professor e coordenador Diego Lima (29), ginasta graduado em Educação Física, as aulas acontecem aos finais de semana. Lima também já foi aluno de um projeto social que é bem conhecido na região, (CFC), Centro de Formação e Cultura, serviço assumido pela entidade - Obra Social Dom Bosco. Além dele, atua como professor voluntário, Diogo Vinícius de Oliveira (20), atleta e ginasta, estudante de Educação Física. Ambos além de ginastas, são formados em dança.

O CIGA tem sido fator importante para as crianças e adolescentes da região, seja como lazer ou até mesmo de cunho esportivo. Mas, como diz o Coordenador e fundador, “o intuito além de tirar a juventude do ócio, e/ou até mesmo de uma provável marginalização, faz este público traçar objetivos até mesmo profissionais.”

“Existem três níveis de desenvolvimento, em que são divididos grupos, normalmente por idade e estágio de aprendizado, fazendo com que os jovens assimilem melhor aquilo que estão fazendo, de forma mais dinâmica e eficaz”, afirma Diego Lima, professor e coordenador do curso.

Diego Lima diz que anteriormente dava aula para crianças em um projeto governamental que não estava dando certo, pois havia falta de investimento e aporte, alegando descaso por parte do governo. Foi aí que houve e iniciativa de criar o seu próprio escopo, levando seus alunos para terem aula com ele neste projeto voluntário, em um espaço do CEU. – “A partir daí o número de alunos cresceu e agora são em 60 que fazem aulas comigo e o professor Diogo Vinícius, participando inclusive de competições”, completa.
O professor alega falta de investimento em seu projeto. Embora não seja governamental, o mesmo considera de extrema importância o incentivo em outros esportes que não seja o futebol, como algo prioritário.

No dia 20 de abril houve a posse do novo gestor do CEU Jambeiro, José Guilherme Gianetti, e foi falado sobre a importância do esporte nos CEUs como fator inclusivo para os jovens, e muito da construção dos novos campos de futebol, onde houve a apresentação do grupo de dança do próprio coordenador e professor Diego Lima. Mas, segundo Diego, isto não basta, alega que ainda falta um olhar crítico e abrangente em relação ao esporte. “Será que os nossos jovens só jogam futebol?” diz ele.
Ele acredita que o governo tem esse poder de influenciar nessas questões, na melhoria do esporte, mas também na piora dele. “Temos o governo incentivando o esporte? Temos, mas são incentivos aonde não precisam tanto, por exemplo, vamos incentivar a seleção brasileira! Porém a seleção de futebol já está encaminhada”, afirma o coordenador.

Ele ainda considera que se deve aumentar não só o investimento, mas também o patrocínio nesses esportes olímpicos, pois estamos próximos de sediar as Olimpíadas em 2016 e não se tem dado importância a isso, ele considera que temos bons atletas que têm condições de chegar até lá.

“Eu vejo aqui, muitos alunos qualificados, eu penso que daqui poderia sair uma Daiane dos Santos! Mas como a categoria de base vai chegar no profissional, se não temos este investimento? ”

Uma mãe de aluna nos conta que conheceu o projeto e que notou mudanças em sua filha após começar a fazer as aulas de Ginástica Artística. “Eu fiquei sabendo pelo site do CEU, aí eu vim aqui, conversei com o professor que me pediu para conhecer. Eu percebi ao longo do tempo, que ela melhorou demais o comportamento e a postura, além da ansiedade; porque é muito agitada e ficava muito em casa. Aqui ela aprendeu muita coisa, adora fazer ginástica artística, foi além do que eu esperava.”




Maria Carolina F. Dutra

Número de denúncias de violência contra as mulheres diminui

Relatos de agressões reduzem, porém não demonstram a realidade das mulheres da região



A violência tem se tornado cada dia mais comum na cidade de São Paulo. Com um dos piores IDH’s (Índice de Desenvolvimento Humano) da capital paulista, o bairro tem sofrido com os abusos de modo corriqueiro e crescente, porém os números de denúncias e de agressões diminuem.

Apesar do estado de São Paulo estar bem qualificado no âmbito nacional das pesquisas e o bairro de Guaianases ser um dos bairros com menor índice de denúncias de agressões, isto não corresponde à realidade dos fatos. Os eventos de agressão e violência contra mulheres, principalmente as conjugais, não são delatadas por existirem vários fatores externos que não permitem às agredidas de se sentirem à vontade ou seguras para que denunciem os agressores.

Com isso, a própria população local fundou o Núcleo de Defesa e  Convivência da Mulher, fundado em 2004, após a morte da moradora Viviane dos Santos, assassinada pelo marido. A coordenadora do centro, Thathiane Goghi Ladeir, explica as atribuições do mesmo: “Oferecemos oficinas para fortalecimento da auto-estima, geração de renda e promovemos ações educativas que visam a combater preconceitos que legitimam a violência contra a mulher”.

Maria Aparecida*(48) beneficiada e usuária dos serviços prestados pelo centro, crê que o número de mulheres agredidas é bem mais alto do que as estatísticas mostram: “Nós não sentimos confiança nas autoridades e nem mesmo em instituições religiosas que não podem nos garantir a segurança de não sermos agredidas, as meninas que estão aqui são “guerreiras” em enfrentar a família e a própria comunidade”.

Pesquisas feitas pela ONU mostraram que, em todo mundo, cerca de uma em cada três mulheres já sofreram algum tipo de violência (conjugal, sexual, física e psicológica). Os dados no Brasil mostram que, em trinta anos, o número de homicídios aumentou cerca de 217,6%, chegando a 4,1 homicídios para 100 mil mulheres brasileir

Com a criação da Lei Maria da Penha em 2007, o número de casos chegou a diminuir, mas após um ano voltou ao mesmo número médio. O advogado Wagner Eduardo (37) acredita que a lei não é suficiente para que a situação venha a se resolver: “A norma não é o único elemento capaz de regular uma situação ou evento, outros fatores éticos, morais e religiosos  contribuem para a pacificação social. Não necessariamente, mas predominantemente, a consecução deste contexto necessita e reflete um mínimo de provimento de necessidades sociais básicas”.

*Nome fictício.


Marcos Flavio Prado de Lima
200801950
Jornalismo 2ºB – d1


Guaianases em Foco

Efêmera Vadia!

Passo cada passo
Do estrago que foi feito do meu parto
Sangra-me vasto, amor escasso
Corpo violado, alma estuprada
Moro na pátria amada, de homens vis
Infelizes seres de esplêndidas almas hostis
Não sou da pátria, nem da mátria, eu quero viver na frátria

Da costela de adão, fui rejeição
Fada rosa com varinha de condão
Não quero ser não !

Pastor João me disse que mulher é pecado e perdição
Eu digo não, sua maldição faz-me forte
Sou Frida Kahlo de pele negra e corpo cheios de corte
Sou Joana Darc e Beth Lobo
Não é supresa sua mal querência
Pra viver, faço-me de fogo
Pra este jogo de pandemônios
Não faço coro, só vejo choros
Sou Cora Coralina, sou rainha e sou vadia.


ANÁLISE - CQC x Kultur


O CQC (Custe o Que Custar) é um programa humorístico que teve sua origem na Argentina, criado pelo jornalista Mário Pergolini, que teve como objetivo ironizar e denunciar fatos políticos e celebridades locais. O CQC existe no Brasil desde 2008, e passa todas as segundas feiras, às 22h30 na rede Bandeirantes de Televisão.  O programa é liderado por Marcelo Taz, que compõe a bancada junto com Oscar Filho e Marco Luque, os integrantes do grupo são conhecidos também como os “Homens de Preto”.
O programa a princípio era de cunho humorístico, e de fato não perdeu este foco, porém ainda cabe à ele outro gênero, o humorístico/jornalístico, como têm sido definido, principalmente pelo fator do infotenimento, palavra que se origina da junção das palavras “informação” e “entretenimento”, celebrando a cada vez mais recorrente utilização concomitante de diversão e notícia no texto jornalístico. O que causa divergências entre jornalistas e teóricos, pelo modo de que as informações são dadas ao público, com muita criticidade, mesmo que ainda muito popularesca, mas sem critérios e em grande parte, sem neutralidade, o que para muitos é o cerne do jornalismo idôneo, o que gera uma discussão interminável.
A partir daí, análise do CQC em relação a Kultur fica mais fácil, já que este programa se baseia na cultura de onde é sediada, no caso, o CQC do Brasil. Então há de termos o conceito de Kultur constatado neste programa, pois como dito antes, o foco é a informação como forma de sátira/ironia para denunciar e noticiar fatos regionais e nacionais.
Existe uma linha tênue entre Kultur e Civilization no programa analisado, quando se faz a comparação entre o que seria o ideal de cultura que daí simboliza o conceito francês sobre “civilização”, mas aborda bastante a contrapartida, que seria o conceito alemão Kultur, quando aborda opinativamente em comentários ou mesmo em reportagens de eventos ou acontecimentos tipicamente brasileiros, como shows de axé, futebol e inclusive o funk, embora o último aspecto que já é considerado patrimônio cultural nosso, seja retratado de forma mais pejorativa em alguns momentos do programa, realizando sátiras, mas também de forma enaltecedora, o que leva novamente a dois extremos do conceito de cultura, ou seja, atende públicos alvos aparentemente distantes. Há quadros do CQC que tentam expressar ou mostrar, por exemplo, o tipo de atitude que o brasileiro tem, mesmo que exprima erroneamente ou de certa forma preconceituosamente e inclusive culturalmente o rótulo que os brasileiros têm lá fora, até aderindo de certa forma ao determinismo, o que cria até um paradoxo entre ambos conceitos.
Um quadro que poderia exemplificar o que foi dito no parágrafo anterior é o Teste de Honestidade, quadro esse que não faz mais parte do programa. Mas quando ainda era televisionado pelo programa, consistia em testar a honestidade das pessoas, criando situações armadas para checar o caráter do brasileiro, trazendo novamente a tona a imagem do “brasileiro malandro”, característica que o próprio cidadão brasileiro adere à sua cultura. E ainda neste programa podemos exemplificar o quadro Proteste Já, CQC no Congresso e o Top Five.
·                                   é o quadro que segundo Marcelo Taz é um dos que mais dão audiência, depois de Top Five.

E que leva a este resultado é vontade da população em geral de tomar ou se empoderar de seus direitos. O cerne do quadro é denunciar problemas de âmbito regional, que não foram resolvidos pelos órgãos públicos responsáveis. Que faz levar o programa até o local para entrar em contato e fazer lobby aos responsáveis para que estes problemas sejam sanados. O que nos remete ao “Quarto poder”, que ultimamente tem se aderido à cultura de alguns países do ocidente, como por exemplo, o EUA.

Análise - Jornal Agora


É evidente que na matéria do jornal “Agora”, o fato do acidente com o ciclista David Santos Sousa tenha focado na questão penal, não de forma necessariamente tendenciosa, mas mostrando ao leitor como têm ocorrido os fechamentos de crimes de trânsito e torna-se explícito a falha da Lei Seca por exemplo. Também percebe-se isso na própria manchete que é bem sugestiva, principalmente pelo fato de a palavra” Liberta” estar destacada. O jornal ‘Agora’, embora tenha um histórico de sensacionalismo, principalmente em notícias como essas, com ‘pegada’ policial, tem se adequado em alguns aspectos, e acredito ainda que nesse aspecto o jornal não perdeu essa característica de dar ênfase a notícias como essa; mas com a remodelagem de diversos jornais impressos, foi preciso que se noticiasse um fato como esse de forma mais idônea. Na matéria, há falas do advogado do ciclista e também do desembargador, ambos com pensamentos contrários, o que torna a notícia mais estimulante de ser lida e nos faz construir um próprio pensamento do que está se noticiando.

 • Advogado de Ciclista diz: “[...] a lei é muito branda para os crimes de trânsito e culposos”.

 • Desembargador Breno Guimarães diz na decisão que jovem não é criminoso e sua soltura não traz “risco à ordem pública”, alegando também que “a forma como se deram os fatos indica tratar-se de fato isolado.”